sábado, julho 18, 2009

Ricardo

Ricardo, década de 70 - Arquivo pessoal de R.


Não estou aqui para contar de novo a bela história real que tenho contado - e vivido - tantas vezes. Estou aqui para comemorar a presença de Ricardo, essa pessoa que entrou na minha vida justamente por aqui - e pela canção
Viagem, de Taiguara, um grande artista brasileiro muitas vezes esquecido.

Ricardo, alma bailarina, espírito a 24 quadros por segundo, coração de musical, sonhos com jeito de Fox, Paramount, MGM, é alguém que me despertou de novo o prazer de contar histórias, de voltar no tempo sem estar fora do meu tempo, que me devolveu várias vidas que andavam envolvidas em papel de seda no fundo da memória, mas me vieram renovadas, imensas, atuais e prontas para serem recomeçadas dentro de novas estéticas da alma, do corpo, do tempo-hoje.

Ricardo, um baú de riquezas com perfume das primaveras austríacas. Na verdade, a cada vez que me chega um email prenunciando as alegrias frequentes que tenho ao ler o Tertúlias, comemoro Ricardo e sua inquietude tão viva, sua criatividade, entusiasmo, paciência de descobridor. Sempre que podemos, curtimos um delicioso bate-volta nos comentários do seu blog, hoje seguido por mais de 60 habitués, como ele chama os seus seletos convidados.

Alguns deles - sempre por obra e graça de Ricardo - têm aportado por aqui, o que me leva hoje a sacudir recentes impotências e animar-me, de novo, às palavras. Mais uma vez, Ricardo me desperta dos torpores e me convida à vida, a um Peach Melba imaginário em uma talvez magnífica varanda de algum hotel art-déco em Viena, em honra de Nellie Melba, a inspiradora da iguaria.

Ricardo, neste sábado cheio de vontade de viver de novo, um beijo enorme para você!